quinta-feira, 8 de março de 2012

As mulheres e o Rock’n Roll

Cabelos longos, roupas justas, maquiagem, brincos e vozes agudas. Essas são apenas algumas características do universo feminino que sempre foram muito utilizadas por grande parte das bandas de Rock, formadas por homens. Mas essas não foram as únicas e nem as mais importantes contribuições das mulheres no universo da música.

Enfrentando uma sociedade machista e preconceituosa, elas foram aparecendo aos poucos e, apesar de serem bem aceitas hoje, ao menos no meio artístico, ainda são alvo de discriminação.

Uma das pioneiras em quebrar alguns desses tabus foi a vocalista Janis Joplin em sua meteórica carreira solo, no final da década de 60. Mas isso era só o começo. Logo em seguida, o mundo ficaria aos pés de Suzi Quatro, das musas Joan Jett e Lita Ford, que lideravam o The Runaways e do Blondie, comandado pela carismática Debbie Harry.

Mas não foi só no bom e velho Rock que o erroneamente chamado “sexo frágil” obteve êxito. Na linha mais pesada, com forte influência Punk, as inglesas do Girlschool conseguiram grande repercussão, excursionando até com o Motörhead, considerados os “padrinhos” da banda.

Alguns anos mais tarde, surgiu o The Bangles, que fez história com álbum “All Over the Place”, em 1984 e, junto com as meninas do Go Go’s, foram eleitas os maiores nomes do chamado Pop / New Wave. E já que estamos nos anos 80, não poderíamos deixar de mencionar o Vixen, o maior representante feminino do Hard Rock, que fez do seu álbum de estréia homônimo, um verdadeiro fenômeno de vendas em todo o mundo.

Quem também marcou época foi a alemã Doro Pesch. Primeiro com o Warlock e depois simplesmente como Doro, gravando ótimos álbuns durante os anos 90. E foi também nos anos 90 que o mundo conheceu as californianas do L7. Praticando um Heavy Metal sem maiores cerimônias, o grupo emplacou vários hits nas rádios e na MTV, chegando a se apresentar em terras brasileiras em 1993, no festival Hollywood Rock.

Algumas mulheres ainda ganharam destaque tocando algum instrumento em bandas formadas exclusivamente por homens, como as baixistas Sean Yseult e D’Arcy Wretzky, do White Zombie e Smashing Pumpkins, ou atuando como ‘front woman’, como Gwen Stefani e Shirley Manson, do No Doubt e Garbage, respectivamente.

Há ainda aquelas que desde o início se lançaram em carreira solo, como Alanis Morrisette, Sheryl Crow e Tori Amos, não deixando nada a desejar em qualidade, carisma e talento para nenhum “barbado”. Apesar de investirem em um tipo de som bem mais acessível, atingiram o ‘mainstream’ esbanjando atitude e escrevendo letras que falam em sua maior parte do mundo feminino: as desilusões, os prazeres, as revoltas, as angustias e os conflitos com o sexo oposto.

São as mulheres também que lideram a maior parte dos grupos Doom / Gothic, com seus vocais líricos e angelicais, que se encaixam perfeitamente nas orquestrações e atmosferas viajantes tão características do estilo. Podemos citar como as maiores representantes, beldades como Vibeke Stene (Tristania), Liv Kristine Espenæs (Theatre of a Tragedy), Tarja Turunen (Nightwish), entre outras.

Aqui no Brasil, temos nomes de peso como a pioneira Rita Lee, a já falecida Cássia Eller, a revelação Ana Carolina, as veteranas Paula Toller (Kid Abelha), Fernanda Takai (Pato Fu), a guitarrista Syang, que hoje trilha outros caminhos, além da saudosa banda de Heavy Metal, Volkana, só para citar alguns.

Não há, portanto, como não reconhecer a importância das mulheres no Rock, seja qual for o estilo, a época e a mensagem que elas estiverem nos passando. O fato é que as mulheres ajudaram a moldar, a aperfeiçoar e a embelezar não só a música que tanto amamos, mas o mundo em que vivemos.

Parabéns, mulheres. Vocês merecem!


FELIZ DIA INTERNACIONAL DAS GATAS A TODAS!!!
GRANDE ABRAÇO!!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bem lembrado, o rock in roll de calcinha sempre foi e sempre será um charme! Muito tri!

Só queria lembrar de uma das bandas que mais curto, Jefferson airplane, comandada pela maravilhosa Grace Slick que na atualidade se tornou uma artista plástica! Abração

Unknown disse...

Ótima lembrança Priscila tambem curto muito a Jefferson airplane, obrigado por ler nosso blog!! grande abraço e parabens p vc tambem !!